O fenômeno fintech - Resenha crítica - Bruno Diniz
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O fenômeno fintech - resenha crítica

O fenômeno fintech Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Startups & Empreendedorismo

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-5081-123-9

Editora: Alta Books

Resenha crítica

O mundo mudou

Imagine que você pudesse viajar no tempo e trazer uma pessoa de 2008 para os dias atuais. Ela ficaria surpresa ao se deparar com tantas inovações tecnológicas para serviços financeiros. As constantes transformações na área de Tecnologia da Informação gerou mudanças no comportamento dos consumidores que sequer imaginavam nos primeiros anos deste século. 

Em pouco mais de uma década, surgiram diversas inovações. Do uso da inteligência artificial aos ativos inteiramente digitais, até bancos sem unidades físicas de suas agências. 

Quem capitaneou essas transformações foi o movimento fintech, que abrange novas empresas do setor financeiro, utilizando a tecnologia para inovar na criação e entrega de produtos e serviços, liderados por países como Inglaterra, Estados Unidos e China. Mas isso também chegou no Brasil com muita força. 

De 2015 para cá, as mudanças em nossa forma de lidar com o setor financeiro aconteceram de forma acelerada e intensa, sendo impossível prever o impacto dessa verdadeira revolução para os próximos três ou cinco anos. A partir do barateamento de tecnologias, o dinheiro se digitalizou quase por completo. 

Acessamos a conta-corrente pelo smartphone, fazemos transferências em poucos cliques, movimentamos quantias generosas sem sair do lugar. Para essa pessoa de 2008, seriam necessárias algumas aulas para explicar em detalhes o funcionamento do setor financeiro, aliado de primeira ordem da tecnologia. 

Os bancos irão acabar?

A resposta é curta, grossa, fácil e até óbvia: não, não vão. Para muitas pessoas, essa pergunta veio quando vimos o surgimento de novas empresas, as fintechs, chegando com o pé na porta para transformar o jeito de lidar com questões financeiras. 

Na verdade, o que cresceu foi a necessidade de modificar o papel da atividade bancária, um movimento que também aconteceu em momentos anteriores da história. Com ou sem as fintechs, não existe uma indústria mais forte no país do que a dos bancos. Nela, trabalham os melhores e mais capacitados profissionais do país. 

Em todo o mundo, a automação brasileira é reconhecida como referência em qualidade e inovação. Basta notar como as redes bancárias são integradas, ainda que sua distribuição geográfica seja bem maior que a de tantos outros países.

E você pode utilizar aplicações como o internet banking para realizar transações,  sistemas empresariais específicos para as corporações e formas digitais das instituições se relacionarem com os clientes. A infraestrutura de comunicação é de dar inveja a outros setores, e até mesmo análises de créditos estão cada vez mais automatizadas e imediatas. 

Não foi fácil chegar ao patamar atual. A Tecnologia de Informação necessária é imensa. Mas sozinha, sem o surgimento das startups que trabalharam para romper com padrões atrasados, não estaríamos no patamar atual. 

Fato é que, se hoje os clientes podem realizar inúmeras transações sem precisar ir a sua agência, é porque a revolução das fintechs transformou o setor. 

Por que o Brasil é um país único para as fintechs? 

A economia brasileira passou por mudanças no perfil de consumo nos últimos anos. Entre avanços e transformações, é possível entender porque temos aqui um lugar perfeito para as startups do mercado financeiro explorarem. 

É histórico ver índices de satisfação muito baixos dos consumidores com os serviços financeiros oferecidos quando comparados com outros setores da economia. Também é clássico notar o crescimento de aversão aos bancos. Por mais que isso aconteça em outros lugares do mundo, entre os brasileiros essa rejeição é ainda maior. 

Não é de agora que, todos os anos, milhões de reais são investidos no marketing das grandes instituições buscando fortalecer sua imagem. Nesse vácuo de insatisfação, entraram as fintechs. 

Se antes, todos os processos eram demorados e burocráticos, o uso da tecnologia despertou no brasileiro a possibilidade de agilizar transações diárias, consumo e utilização de serviços financeiros. 

Outro fator que motivou o desenvolvimento de fintechs no Brasil foi a alta concentração bancária, com poucas instituições tendo grande representatividade no mercado. 

Empresas novas, com ar de modernidade, ofereceram a chance de mais gente abrir sua conta sem a necessidade de passar pela demora da burocracia, democratizando o acesso a produtos financeiros que os bancos tradicionais restringiam àqueles com melhores condições. 

Sua popularidade foi rápida e empresas mais antigas precisaram adotar  alternativas tecnológicas para não perderem sua fatia de mercado. E ainda há um longo caminho a percorrer. Com mais fintechs, maior a concorrência, menores as taxas cobradas e melhor o poder de escolha por parte do consumidor.

Motivações e facilitadores do movimento fintech

Passamos da metade deste microbook e precisamos mencionar o que parece uma obviedade: o surgimento, a adoção e a disseminação da internet por pessoas de todas as classes sociais têm papel crucial na revolução do setor financeiro. 

Afinal, por meio da web passamos a pensar em novos caminhos para o consumo e costumes. Quando falamos em fintechs, a internet foi quem deu os primeiros passos para mudar a forma de oferecer produtos e serviços. Sem conexão, elas não existiriam. 

Bancos e instituições financeiras deixaram uma série de lacunas, preenchidas quando as startups assumiram seu papel na revolução do setor financeiro. 

Quando passamos a usar smartphones como item fundamental para a realização das tarefas diárias, foi possível desenvolver aplicativos e softwares que permitiram acesso mais rápido, garantindo assim o surgimento de produtos e serviços mais simples e ágeis de serem acessados. 

Com a relação cada vez mais desgastada entre clientes e bancos e a massificação do uso dos celulares, vimos o caminho ideal sonhado pelas fintechs que hoje fazem parte de nossa vida. 

O casamento perfeito entre a necessidade de um novo modelo de prestação de serviços financeiros e a democratização do acesso a novas tecnologias rendeu como fruto um novo jeito de lidar com o dinheiro. 

E o que mudou? 

Falamos tanto em fintechs e startups, revolução tecnológica, inovação e disrupção, mas você pode estar se perguntando o que de fato se alterou em nosso acesso e utilização de serviços financeiros. 

Para começar, vivemos uma época em que as necessidades e expectativas dos consumidores já não são as mesmas de outros tempos. Com uma sociedade dispondo de comunicação imediata e multitelas, temos à disposição novos canais de interação entre pessoas e empresas. 

Com isso, fica mais fácil pesquisar qualquer informação, multiplicando exponencialmente o universo de opções, algo que antes só poderia ser feito offline e presencialmente se precisássemos de um novo produto ou serviço financeiro. E não para por aí. 

Os desejos, objetivos, valores e crenças dos clientes já não são os mesmos de anos atrás. Queremos ser atendidos em nosso próprio tempo, priorizamos produtos e serviços que parecem ser personalizados. 

Não é à toa o crescimento do método omnichannel, uma abordagem estratégica que considera a experiência do cliente no relacionamento com uma empresa ou marca por qualquer meio, seja digital ou físico. 

O consumidor se sente cada vez mais empoderado, sua voz é ouvida e qualquer dano à imagem de uma megacorporação por seus serviços mal prestados está a um clique de distância de todos nós. 

Com tudo isso, o velho jeito de enxergar o mundo financeiro fatalmente ficaria no passado. Nesse vácuo, as fintechs ganharam protagonismo, exigindo dos bancos correr atrás desse prejuízo, tentando se reinventar e absorvendo tecnologias recentemente criadas pelas startups. 

Próximos passos

E qual será o futuro das fintechs? 

Bem, precisamos primeiro entender o chamado corporate venture, movimento das grandes instituições financeiras para modificar seu modelo de atuação, ofertando serviços e produtos nos mesmos moldes das startups mais modernas. Se no começo, esse parecia um duelo de Davi e Golias, o tempo mostrou que havia espaço para as gigantes e também para quem inovava, sem o mesmo poderio. 

Os bancos se mexeram. A previsão catastrófica de que seriam engolidos pelas fintechs não se concretizou. Ao mesmo tempo, elas conseguiram tomar fatias consideráveis de lucro das instituições tradicionais. 

Se há pouco tempo nos surpreendemos com a possibilidade de abrir uma conta-corrente sem precisar nos deslocarmos até uma agência física, que em alguns casos de startups sequer existe, atualmente as instituições tradicionais já contam com produtos voltados às novas gerações, em que se trabalha na abertura, transações e resolução de problemas de forma inteiramente digital. 

Quem ganha com isso é o consumidor, que dispõe da possibilidade de maior poder de barganha na busca por menores taxas de juros e condições de acordo com suas necessidades. Seja como cliente de um dos maiores bancos do mercado ou de uma fintech que nem existia no começo do século, é possível comprar, vender, transferir e investir com um smartphone na mão e conexão à internet. 

Esse fenômeno revolucionário também é irreversível. E se aquela viagem no tempo do início deste microbook fosse possível, a pessoa de 2008 teria que estudar muito para aprender tudo sobre o novo jeito de lidar com o mundo financeiro. 

Notas finais 

Chega a ser incrível pensar que, há poucos anos, era preciso se deslocar para agências megalotadas, passando horas em uma fila, até ser atendido para resolver problemas, fazer transferências ou mesmo pagar contas. Atualmente, basta ter um celular na mão e acesso à internet, algo bem fácil em meio ao momento tecnológico que vivemos. Tudo isso foi fortemente impulsionado pelas fintechs, que transformaram nossa forma de entender e lidar com o mundo financeiro. Nossa relação com a comunicação mudou, mas a maneira de trabalhar com o próprio dinheiro também. E todos temos a ganhar, de consumidores a startups inovadoras, chegando até mesmo às grandes instituições que não podem ficar paradas no tempo. 

Dica do 12min

A revolução fintech é outro microbook interessante, que trata das mudanças no setor de tecnologia em serviços financeiros. Confira e aprenda mais sobre o assunto. 

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Quem escreveu o livro?

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